O vento que toca a tua face, que leva a tristeza do teu olhar. Busca em ti o brilho da lua plena. Jamais te olhará como eu te olho. Jamais sentira o calor do teu coração, onde ecoam os rios do amor. Carece o pensar da razão, se temente dispensa a lógica do entardecer, e de joelhos te estende a mão, procurando a ti pertencer. É vento gelado que corre, jazendo a teu lado inerte. A teus pés esse frio morre, sabendo que não te merece. Imagem de Topo: Pixabay.pt
Acompanho-me a mim próprio pela estrada a que chamamos de vida e nela percorro com o cajado do pensamento a ideia que tenho de quem sou e do que para outros represento. Sou profeta de vícios que não combato, de gula pela curiosidade que se atravessa a cada esquina do meu olhar, da esquizofrenia que me afeta a alma por todos os altos e baixos que representam quem sou. Cuido da alma que transporto como se de uma mochila se tratasse. Lavo-a, para logo a conspurcar, no meio termo do qual sempre ouvi falar, não lhe faço comparações porque não tenho com quem comparar, ninguém a quem perguntar e a vontade já não se faz escutar. Renitente de avançar no desconhecido, paro e oiço ao longe vozes de quem parece apontar o caminho, do diz que disse, do divagar pela tendência, mais do que pela razão. Não compreendo o linguajar, nem a tristeza desses olhares que procuram tal como eu a verdade, a luz, a finalidade de quem assume que não sabe como voar. Pêsame o estomago que me verga a possibilidade de ...