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Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2024

O vento que te toca

O vento que toca a tua face, que leva a tristeza do teu olhar. Busca em ti o brilho da lua plena. Jamais te olhará como eu te olho. Jamais sentira o calor do teu coração, onde ecoam os rios do amor. Carece o pensar da razão, se temente dispensa a lógica do entardecer, e de joelhos te estende a mão, procurando a ti pertencer. É vento gelado que corre, jazendo a teu lado inerte. A teus pés esse frio morre, sabendo que não te merece. Imagem de Topo:  Pixabay.pt

Cerejas

Compra-me um quilo de cerejas, dessas de cor carmin de que gosto. Rijas e doces, com brilho de carro novo. Hirtas como os trabalhadores do povo, compra as melhores que tu vejas. Imagem de Topo:  Pixabay.pt

Sem que me peças

Aqui estou sem que me peças, pronto para te abrigar o rosto da chuva, para te dar a mão quanto te tentas erguer, para limpar as lágrimas dos teus olhos, para te contar sempre a verdade mesmo que magoe, mostrando-te as estrelas no céu à noite e acordando-te ao amanhacer. Porque és a vida ao despertar. Perfeita no meu entender. Passo a passo no infinito faz ecoar, fruto de um mais querer, de um tudo. um sentimento reencarnado, num coração devoluto, que vieste preencher. Imagem de Topo:  Pixabay.pt

Valho tanto quanto

  Valho tanto como quem sou e o que sou para quem me transporta dentro de si. Alegadamente sou eu, o eu de quem me projecto para o mundo. Porque sei que bem lá no fundo, Sou menos do que penso e mais do que mereço, E por isso me não esqueço, Nunca de ti! Imagem de Topo:  Pixabay.pt

Abro as Asas

Abro as Asas. A noite aguarda o meu abraço. O tempo rola pela brisa quente, embalado pelo quente torpor do meu regaço, que calmo adormece a gente, tão pesada pelo cansaço. Acordo no ventre materno, olhando ao longe o inverno, desta Terra que me alimenta a alma. Desleixado da verdade que não vendo, agarrando-me ao doce sabor da manhã, ceoso do pouso no inferno. Corre a fonte que abunda, plena da elegância do recomeço. Sentindo que desconheço, a distência que não meço, pelo sentido que se afunda. Imagem de Topo:  Pixabay.pt

Tempo sem fim

Ninguém tem tempo para o tempo e o tempo não tem o tempo para mim. Esforço-me para me aquietar no meu desalento. Para que o tempo não me veja assim. E desse tempo que fujo que lhe caio a cada segundo da mão. Afasta-se cada vez mais de mim. Encontrando-me a cada estação. Imagem de Topo:  Pixabay.pt